terça-feira, 3 de novembro de 2009

I Want To Be Alone...


A mulher na foto ao lado (simplesmente Greta Garbo) se tornou célebre por dizer essa fala. No momento, aliás, em alguns momentos na minha vida, isso é tudo o que eu penso.
Dos meus constantes altos e baixos, acho que estou enfrentado o maior 'baixo' na minha vida desde a gravidez, que foi o período mais deprimente de toda a minha vida.
Tá tudo estagnado. Todos os dias eu acordo infeliz, porque sei que repetirei a mesma rotina de sempre. Meu marido não me ajuda, não me entende. Há, há, grande novidade. Para ele, passar o feriadão TODO trancado dentro de casa é a maior diversão. Oops, esqueci. Sexta-feira ele saiu com os amigos e EU fiquei em casa com o bebê, só para variar, o que, aliás, eu faço todos os dias da minha vida, há oito meses quase. Não sei o que é sair, porque não tem quem fique com a minha filha. Sequer consigo ir na academia, como havíamos combinado (ele chegaria do trabalho, ficaria com o bebê e eu sairia) porque ele não 'consegue' chegar em casa num horário razoável. Então, eu que vivo em função deles, dos horários deles, estou errada em querer fazer ALGUMA COISA, QUALQUER COISA diferente daquilo que faço TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA no feriadão?
Nessas horas eu fico louca para voltar a trabalhar fora. Quando trabalhamos fora, convivemos com outras pessoas, nos distraímos, ganhamos dinheiro (e descobri hoje que, inclusive para sua família, se você não entra com algum dinheiro você não vale nada)e TEMOS FOLGA. Sim, porque o trabalho como mãe e dona de casa não tem salário, muito menos folga.

Eu amo minha filha, e não desejaria que nada acontecesse a ela. Nossa, eu ficaria louca se a perdesse. Mas não é segredo que eu nunca quis ser mãe. Ser mãe não tem nada a ver com o estilo de vida que escolhi para mim, nem com a liberdade que preciso ter. Eu queria nunca ter engravidado. Mas depois de anos e anos de casamento sem filhos, eu acabei 'relaxando'. Pode não fazer qualquer sentido para vocês, mas eu  sentia como se não fosse mais acontecer. E estava OK com isso.

Eu me sinto extremamente desconfortável comigo mesma. Não queria estar na minha própria pele agora. é horrível se sentir assim, sem equilíbrio, frustrada, enlouquecida, deprimida, irritada... É horrível que a pessoa que você mais ama no mundo, e que te ama de volta, seja, ao mesmo tempo, sua maior alegria e a causa da sua infelicidade. Eu às vezes desejo fervorosamente ter interrompido a gravidez. Claro que, qualquer um que leia isso, seja romântico, ingênuo ou hipócrita, dirá que eu sou uma pessoa horrível. Talvez eu seja, mas me consola saber que não se pode amar ou sentir falta daquilo que não conhecemos. Quando se deseja muito uma gravidez, vá lá. Mas eu já disse, eu não desejava. A prova é que, embora eu tenha sido responsável e me cuidado durante toda a gravidez, eu não sentia o menor afeto pela minha filha durante a gravidez. Sentia incômodo e frustração, pois sentia que ela atravancava minha vida, enquanto a vida (e o corpo) do pai dela estavam intactos. Só fui me apaixonar por ela quando a segurei nos braços e olhei bem dentro daqueles olhinhos expressivos dela. Mas às vezes ainda sinto que ela me prende, e que isso é tão injusto! Isso é tão injusto comigo! Eu queria que o pai dela tentasse ENTENDER um pouco disso, que tentasse tornar essa jornada de cuidar de um bebê um pouco mais alegre para mim. Já que eu não posso sair sozinha e que fico presa com ela a maior parte do tempo, ele poderia me proporcionar algum lazer. Mas isso é querer demais...
Ainda ouvi coisas dele hoje... Coisas ditas no calor do momento, mas cheias de verdade. Coisas que talvez eu merecesse ouvir, mas que, no meu momento, eu não precisava. Sabe, falta isso nele. Aliás, acho que em boa parte dos homens. Ter a sensibilidade para perceber que há algo errado com sua parceira, e tentar entender o que é. Eu até gritaria que estou infeliz e deprimida, mas não adiantaria. Ele no fundo pensaria que é frescura e tudo continuaria igual.
Depois ele se desculpou, parecia sinceramente arrependido, mas não pelo que pensa a meu respeito. Sei que ele só se arrepende de ter dado voz a esses pensamentos. Eu sempre desconfiei que ele pensasse assim de mim, mas agora ter certeza tornou a situação praticamente insustentável para mim. Estou pensando seriamente em ir embora e deixar a guarda da minha filha com ele. Não sei para onde ir ou o que será de mim, mas confesso que olho para frente e sinto que se não fizer isso, acabarei me suicidando. E estou sendo sincera.
Não quero ser uma mãe bipolar e frustrada que desconta seus problemas e faz a vida da sua filha miserável. Eu vim de um lar exatamente assim, e sei o que é isso. Também não queria que ela tivesse uma família dividida como a minha, duas casas, etc. Mas acho que é mais saudável do que crescer no meio da hipocrisia, testemunhando discussões entre os pais que cada dia se suportam menos. Meu marido jura que me ama e que não fica sem mim. Quanto a mim, em determinados momentos eu mal o suporto, em alguns outros eu o odeio. Acho que é na menor parte do tempo que consigo amá-lo. Isso não é justo com ele, com a minha filha e muito menos comigo.
Ele pediu perdão pelo que disse e eu fui sincera e disse que não desculpava. Mas depois de muita insistência, já cansada demais para discutir, eu fingi aceitar as desculpas só pra ele me deixar EM PAZ. Será que ele foi denso o bastante para acreditar nisso?

Outro dia eu vi o filme 'Kramer vs Kramer' (com Meryl Streep e Dustin Hofman) e embora no final tenha torcido para o pai ficar com o filho... Eu me identifiquei tanto com a Joanna (personagem da Meryl Streep)! A história dela, do casamento deles, as circunstâncias que a levaram a deixar tudo para trás, mesmo o filho que ela sem dúvida amava, isso parece tanto com a minha vida!

Acho que é difícil abrir mão de ser você para se tornar mãe e esposa quando você sequer conseguiu descobrir quem você é. Eu conheci meu marido com 19 anos. Pouco tempo depois estávamos praticamente morando juntos e quando fiz 22 anos me casei. Hoje olho pra trás e vejo que fiz algo temerário. Aos 22 eu era uma criança ainda. Acho que ninguém deveria casar antes dos 30. Aos 30 geralmente já temos uma profissão, nossas escolhas estão encaminhadas, nossas experiências de vida são maiores e já sabemos quem somos. Por ter pulado etapas, eu não sei direito quem eu sou, e já tive que abrir mão da minha procura.

Agora eu só queria ficar só, dormir e dormir e dormir até essa fase passar e eu acordar me sentindo melhor algum dia. Mas nem isso eu posso. Talvez dormir para sempre fosse a melhor solução. Quem dera eu tivesse coragem!!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Não Sou Eu Quem Repete Essa História, É A História Que Adora Uma Repetição..."

Bom, há alguns anos, quando 'estourou' o escândalo do chamado "Mensalão" eu me indignei. Entrei em inúmeras discussões no Orkut, participei de protestos nas ruas, transformei minha indignação em palavras em todos os lugares que podia, até no perfil do Orkut. O que aconteceu com a minha indignação e a de milhares de brasileiros?
NADA.
Bob Jeff foi cassado, Zé Dirceu (felizmente) foi afastado da Casa Civil e teve que se afastar da política... Mas de resto, nada mais aconteceu. O governo comprou votos, os deputados venderam votos, e ninguém mais foi cassado. Mas o pior ainda estava por vir, já que o próprio povo brasileiro reelegeu o Lula, ou seja, acho que essa foi a maior das absolvições que o PT poderia ter - e desejar.  Não vou entrar no mérito da eleição do Lula, ou do governo que ele fez ou está fazendo agora, acho que basta dizer que, na minha opinião, havia mais motivos para um Impeachment do que houve com o próprio Collor, e isso não é pouca coisa.
Com tudo aquilo, eu acho que perdi as esperanças de que, algum dia, alguma coisa fosse levada a sério no Brasil. E os escândalos não paravam de surgir. No Senado então, nem se fala!
Já ouvi uma frase feita dizendo que as pessoas perderam a capacidade de se indignar. É claro! Se revoltar e se rebelar, e gritar sem jamais ser ouvido cansa. O ser humano acaba se adaptando às mais diversas situações, e, infelizmente, nos adaptamos à falta de saúde, educação,  à violência (para viver bem aqui no Rio, onde vivemos com uma 'tábua de tiro ao alvo' no peito constantemente, precisamos nos adaptar a algumas coisas, como saber aonde devemos ou não ir e até que horário... Um absurdo, mas acabamos nos ACOSTUMANDO a viver assim), à corrupção nos mais diversos segmentos da nossa sociedade. Aquilo se torna NORMAL.
Com tudo isso, decidi que não escreveria mais uma linha sequer nem me revoltaria mais com a baixaria que acontece em Brasília. Para quê? Mas agora não resisti. Foi demais até para mim.
O Governo Lula fazendo o possível e o impossível para 'blindar' o nosso 'querido' ex presidente José Sarney, que eu não sei por que cargas d'água voltou ao Senado, considerando que ele foi um presidente horrível. Fala sério. Eu era muito, muito pequena quando ele governou, mas lembro daquelas temíveis maquininhas remarcando vorazmente o preço dos alimentos, diariamente. Lembro de ter faltado leite e de que carne era um artigo de luxo, mais do que hoje em dia. E nem se pode dizer que ele foi democraticamente eleito. Ele assumiu porque o Tancredo morreu, e olha que o Tancredo nem assumiu... Naquele caso, acho que novas eleições aeriam o ideal.
O pior é que a Ministra Dilma tá enrolada até o pescoço em tudo isso, logo ela, a futura candidata do PT! Eu jamais votaria nela anyway... A considero destituída de qualquer carisma, super antipática. Eu sei que a eleição é para a´presidência e não para o Miss Simpatia, mas há uma série de fatores que colaboram para a elegibilidade ou não de um candidato. Apelo popular é um deles. Claro que um bom marketeiro pode corrigir isso, e que o câncer dela pode dar uma 'ajudinha'. Cruel da minha parte dizer isso? Não. Só estou pensando como um publicitário pensaria. Isso pode torná-la mais 'real' e aproximá-la de muitas mulheres que viveram o mesmo drama. E pode criar o chavão da 'mulher guerreira, que venceu até o câncer, sem nunca deixar o trabalho". O pior? O povo compra tudo isso.
E mais uma vez, o 'ético' PT, nosso antigo bastião da moralidade, prova que O PODER CORROMPE. Ele vive uma relação promíscua com o Congresso, e uma verdadeira relação de prostituição com o PMDB, que há muito decidiu jogar saua história na privada para viver dos 'restos' que o governo decidisse lhe dar (subentenda-se ministérios e a presidência da Câmara ou do Senado). O governo, por sua vez, protege os PMDBistas das acusações de corrupção em nome da "governabilidade" (ou seja, ter maioria para aprovar qualquer p*rra que eles quiserem) e em nome de um "projeto maior" (ou seja, permanecer no poder perpetuamente...). Agora pergunto: quem é a p*ta de quem?
Esse negócio de 'projeto maior' que muitos deputados Petistas usam como desculpa para essa bandalheira toda me dá calafrios. Me lembra o projeto de Hugo Chaves - pessoa sobre a qual  nem vou expressar minha opinião pessoal - de se reeleger 'forever'. Bem que alguns setores do PT adorariam manter o Lula uns 50 anos no poder, já que agora o PT se resume apenas a isso: Lula.
Vale a pena roubar, mentir, apoiar a mentira, tudo em prol de um projeto maior que DEVERIA beneficiar o Brasil? Como o Brasil pode estar sendo beneficiado pelo projeto de poder deles, quando nosso dinheiro está sendo desviado, continuamos tendo nossos diretos básicos disrespeitados, e políticos continuam bancando viagens, compras, dando empregos para parentes, TUDO AS NOSSAS CUSTAS?
E não me venham falar da m*rda do bolsa esmola. Podem mostrar os números que for, continuarei afirmando que é muito mais fácil dar o peixe do que ensinar a pescar, ou seja, dar educação de qualidade e emprego, para que as pessoas não precisem viver de esmolas do governo. Aliás, na sua cidade, no seu estado, a miséria diminuiu visivelmente? Todos tem um prato de comida? Por aqui, continuo vendo tanta miséria quanto via a quatro, oito anos atrás. Então, nada vai me convencer que esse 'Bolsa família' não é um grande desperdício de dinheiro.
O descaramento em Brasília chegou a tal ponto que vemos Collor Sarney e Renan Calheiros andando juntinhos e se apoiando mutuamente. Que lindo! Logo essas personagens tão 'idôneas' (cof, cof...) da nossa política. Francamente...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Carta Que Jamais Enviarei...

Eu deveria ter te dito tudo o que digo agora há mais ou menos um ano atrás. De fato, faltou-me a coragem e a insensatez que me possuiu há quatro anos atrás, quando tornei a procurá-lo e confessei por você meu amor imorredouro, que resistira ao tempo, aos desencontros, a um compromisso.
Justamente por isso acovardei-me. Como eu poderia explicar que, simplesmente, acordei um belo dia, cansada e frustrada de inúmeras esperanças frustradas, para descobrir que aquele a quem pensei amar nada mais me causava do que imenso aborrecimento e tédio? De que cheguei à conclusão de que, por um equívoco, estava prestes a jogar fora a chance mais real de felicidade, que sempre estivera ali, bem diante dos meus olhos, tudo isso por uma ilusão?
Você foi minha paixão de adolescência. Hoje nem ouso dizer amor. Acho mesmo que cheguei a amar outra pessoa mais do que amei a você nesta fase. Mas você foi a loucura, a diversão, a paixão avassaladora e dominadora...
Eu queria amá-lo 1/3 do que eu imaginei ter amado. Mas hoje sei que com o tempo e a distância e a dura realidade de um relacionamento estável a dois, passei a amar mais o ideal e as boas recordações do que a pessoa. Com o tempo os defeitos se tornam tão distantes, e só nos lembramos dos bons momentos, das qualidades. E é tão injusto comparar a pessoa REAL que está conosco naquele instante com esse ser idealizado, ela sempre parecerá tão cheia de falhas e tão pálida na comparação! Foi tão fácil me deixar iludir por minhas lembranças e esquecer as razões que, outrora, haviam levado nosso relacionamento ao fracasso...
Assim, disposta a abandonar o que havia de mais concreto na minha vida, fiz planos de continuar do ponto onde havíamos parado. Relacionamento à distância, novamente. Mas dessa vez seria diferente, e encontraríamos uma maneira de ficarmos juntos, não é?
Não. Anos e anos passaram e nunca era possível, nunca! Não conseguíamos sequer marcar uma viagem de final de semana, quem dirá ficar juntos. Isso era decepcionante demais. Minha vida aqui aproximou-se do inferno, mas de todas as pessoas, você era quem menos poderia me ajudar. Houve momentos em que eu só queria desaparecer, morrer...
Mas àquele a quem eu estava deixando de lado por sua causa estava, à sua maneira, sempre pronto para me ajudar. Ele me magoou mais do que posso descrever. Não possui metade do seu caráter ou honestidade. Mas SEMPRE foi leal. E sempre me estendeu a mão nos momentos mais críticos. E se eu pedisse a lua, ele me daria, nem que isso demorasse vinte anos. Já você... Nem sempre estava presente, nem sempre estava realmente ouvindo.
Então comecei a relembrar dos ses defeitos... Possessividade o pior deles, quando, na realidade, você nada podia me cobrar. E sua constante demanda por atenção. E sua falta de ambição na vida. E o pior... Descobri que eu havia mudado. Que seu lado 'brincalhão' e 'carentão' me irritavam mais do que divertiam. Era como se 10 anos tivessem passado para mim e você tivesse permanecido num limbo, intocado pelo tempo, e então tivéssemos nos reencontrado. Fui sincera e expus isso. Você pareceu entender mas pediu uma chance, sem compromissos. Acho que acabei permitindo que você tivesse esperanças. Eis aí meu erro.
Eu me tornava cada vez mais impaciente e até áspera com você; um belo dia acordei e me disse: 'o que eu quase fiz com minha vida?' . Nunca acreditei em destino, mas nesse momento, agradeci aos céus por nossos planos terem fracassado. Aceitei dar mais uma chance para aquele que sempre esteve ao meu lado, e de tão irritada, nem me dei ao trabalho de te dizer isso. Essa nova chance mudou para sempre minha vida, tornando definitivamente impossível que viéssemos a cogitar qualquer coisa.
Pensando em te poupar o sofrimento, decidi nada dizer. Vivemos longe um do outro, e como dizem, o que os olhos não vêem, o coração não sente. Decidi apenas dexar-te em paz e ir me afastando aos poucos. Mas o que me aconteceu é um motivo de orgulho que jamais ousaria esconder, e, embora jamais tenhamos mencionado isso um ao outro, sei que você já deve imaginar que agora sou mãe.
Mas você jamais se mostrou desolado por minha ausência. Talvez você também tenha descoberto que não me amava como julgara amar. Assim, não há sentimentos para magoar. De qualquer forma, aprecio sua atitude de ter entendido o significado de meu silêncio e não me pressionar. Não que eu me sentisse culpada. Nunca tivemos nada de fato e jamais lhe devi explicações. Ou que me arrependesse do que me levou ao maior tesouro que uma pessoa pode ter. Mas eu me sentiria mal colocando tudo isso em palavras e provavelmente, magoando você.
É tão estranho como sequer consigo sentir saudades... Nem mesmo da sua amizade, que eu prezava acima de tudo. É quase como se não tivéssemos nos conhecido, tudo tão frio e distante. Como se fosse uma outra vida... E talvez tenha sido. Acho que nasci para o mundo de outra forma depois de me tornar mãe. Nada tem a mesma importância de antes.
Não quero o seu mal, pelo contrário. Mas estaria mentindo se dissesse que perco noites de sono pensando no seu destino, ou que passo horas do dia preocupada com seu bem estar. Não te amo, não te odeio, apenas gosto de você como gosto de tantas outras pessoas. Isso é cruel, eu sei. Mais uma razão para manter esses pensamentos para mim.
Soube que você estava aqui perto, depois de mais ou menos sete anos. E não senti nada, talvez uma ligeira curiosidade de saber o que realmente o trouxe. Mas até a curiosidade passou depressa.
Tudo isso é insensível, para não dizer cruel, eu sei. Mais uma justificativa para eu jamais ter dito (ou escrito) essas palavras diretamente a você. Mas por alguma razão, hoje elas ficaram presas em minha mente e eu precisava trazê-las à vida. E assim o fiz.
Te desejo o melhor que você puder conseguir. Desejo que me esqueças, que encontre alguém cuja mente (e idade) estejam mais próximas de você (ao menos da sua idade mental...) e que faça seja lá o que lhe der prazer.
Sou alguém do seu passado que agora ficará em seu devido lugar... No passado.
Quanto a esta carta... Jamais receberás de mim. Talvez você a encontre por acaso na web. Diga-me covarde, mas não posso enviá-la. Por que? Não sei. Talvez me preocupe mais com seus sentimentos do que eu possa imaginar. Só posso afirmar que o que está escrito aqui é sincero, a pura verdade, e que isso, nada poderá mudar.